Poeira pra todo lado e um pouco de italiano!

Tsc tsc tsc... Quanta poeira nesse blog, meu Deus! Confesso que primeiro foi a correria com as aulas do mestrado e depois foi uma preguiça grande grande que me deixaram longe daqui - descobri que sou a rainha da procrastinação, mas isso já é outra história. Bom, vou retomar as postagens começando a contar um pouquinho da nossa viagem pela Itália em abril, na altura da Páscoa. Como foram 2 semanas de viagem e muitas cidades, vou dividindo em diversos posts, ok? Vamos lá!

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Nossa viagem foi longa e por isso organização foi fundamental - aliás, eu acho que isso vale pra qualquer viagem! Começamos a aventura por Veneza, afinal não dá pra morrer sem ter conhecido Veneza!

A hospedagem em Veneza é cara e reza a lenda que os hotéis por lá são bem assim-assim. O que resolvemos fazer então? Ficamos numa cidade coladinha a Veneza, chamada Mestre, com acesso super fácil à Sereníssima e não nos arrependemos. Ali mesmo pertinho do hotel pegávamos um ônibus que em menos de 10 minutos nos deixava na entrada de Veneza, fácil fácil!

Veneza é diferente de qualquer outra cidade que eu já conheci... É engraçado pensar como os italianos construíram tudo desafiando o mar, pro lado que você olha há canais e barcos, pontes, vaporetti (os ônibus aquáticos), gôndolas, lanchas... Algumas casas são construídas coladinhas na beira da água, outras nem tanto assim.

O passeio nas tradicionais gôndolas custa uma pequena fortuna e por isso preferimos comprar o passe de transporte e nos locomover de vaporetto. Se você for utilizar bastante os barcos vale a pena se informar sobre os passes, ao invés de comprar tíquetes avulsos, que acabam custando bem mais caro. No nosso caso, compramos os passes na recepção do hotel, mas eles também podem ser adquiridos logo na entrada de Veneza, na praça onde param os ônibus.

O vaporetto n° 1 percorre todo o trajeto do Grande Canal, com um cenário lindo! Outras linhas de vaporetto levam até as ilhas de Murano, Burano e Torcello.

Algumas curiosidades sobre as gôndolas: elas são meio tortas pra um lado e mantêm o equilíbrio por conta do peso do gondoleiro. Essa é uma profissão passada de pai para filho e só pode ser gondoleiro que pertence a determinadas famílias. Por lei, todas as gôndolas têm de ser pretas e em algumas delas quem conduz é um gondoleiro-cantor!

Congestionamento de gôndolas, hehe

Nesta viagem estávamos com um bocado de preguiça de entrar em museus, igrejas e afins, de maneira que optamos por apenas caminhar, sem pressa e sem horários, sentindo a cidade.

Piazza San Marco, com a Basílica ao fundo e o Palazzo Ducale à direita

Estando na Itália é impossível não tomar a maior quantidade de gelatos que você aguentar, hehe! O melhor que nós provamos não foi em Veneza e sim em Mestre, bem pertinho do hotel, na Gelateria Al Duca, ma-ra-vi-lho-so!

Dicas gerais:

* As lojas em Veneza - e em muitas cidades européias - têm um intervalo para almoço em que ficam fechadas, geralmente das 13-15h.

* Os hotéis são caros e concorridos, por isso antecedência e planejamento são a alma do negócio!

* As refeições completas na Itália são compostas de antipasto, primo piato, secondo piato e sobremesa. No fim das contas costuma ser muito mais comida do que nós brasileiros estamos acostumados e custa caro. Em geral, pra uma pessoa com fome normal, um primo piato é suficiente. A bebida (leia-se refrigerante) também custa uma pequena fortuna - em um jantar pagamos 5 euros num copo de refri e 8 euros na pizza, então é bom estar preparado se for consumir pra não tomar um susto na hora da conta.

* Hospedagem em Mestre: Hotel Aurora - simples, em conta, com restaurantes, comércio, transportes, tudo muito próximo.

* Aeroporto Marco Polo - http://www.veniceairport.it

* Para sair do aeroporto há transporte público super fácil, mas é melhor comprar o tíquete antecipadamente nas máquinas espalhadas pelo saguão, porque comprar dentro do ônibus custa mais caro - isso também vale pra muitas cidades européias.